15 Outubro 2020
Canções tradicionais de Monsanto cantadas ao adufe
Monsanto, a aldeia mais portuguesa de Portugal, surge entre encostas graníticas na Beira Baixa, onde algum do folclore mais rico do país se vai custosamente preservando.
As canções que vão passando de geração em geração na forma de tradição oral mantêm uma sonoridade genuína e descomplicada, não pondo de parte a diversidade melódica e rítmica que as caracteriza. São acompanhadas ao adufe, instrumento de percussão tradicionalmente reservado às mulheres.
O bandolim, a flauta ou o banjo são recuperados neste cancioneiro em oposição ao comum acordeão, convidando-nos a juntar ao baile Debaixo da laranjeira com que o disco se inicia. Mas é na Meninas vamos à murta que ficamos hipnotizados com o ritmo das peles e dos guizos do adufe que acompanham as vibrantes vozes femininas.
Para cada ocasião, uma canção. Podemos ouvir a Marcelada durante a festa da Divina Santa Cruz, cantada tipicamente a caminho do Castelo. No entanto, a palheta que soa nesta gravação já não é tocada em Monsanto, pois o último tocador de palheta faleceu em 1996.
Para as horas de lazer reservam-se formas mais simples, mas nem por isso de menor valor. Cantado em uníssono, o jogo de roda Dentro dum copo de vidro, transporta-nos para momentos de convívio despreocupado, antecipados em particular pelos mais jovens que encontravam aqui raras oportunidades para namorar.
Em Setembro, as Vindimas ressoam em coro, homens e mulheres ao som do adufe, com o vigor e ritmo próprio da Cantiga de trabalho. A Moda da azeitona, no entanto, apanha-nos de surpresa com a melancolia de uma única cantadeira de voz experiente. Este pequeno excerto recolhe em si toda a beleza do folclore de Monsanto assim como a profunda ligação do seu povo com a Natureza.
As canções que vão passando de geração em geração na forma de tradição oral mantêm uma sonoridade genuína e descomplicada, não pondo de parte a diversidade melódica e rítmica que as caracteriza. São acompanhadas ao adufe, instrumento de percussão tradicionalmente reservado às mulheres.
O bandolim, a flauta ou o banjo são recuperados neste cancioneiro em oposição ao comum acordeão, convidando-nos a juntar ao baile Debaixo da laranjeira com que o disco se inicia. Mas é na Meninas vamos à murta que ficamos hipnotizados com o ritmo das peles e dos guizos do adufe que acompanham as vibrantes vozes femininas.
Para cada ocasião, uma canção. Podemos ouvir a Marcelada durante a festa da Divina Santa Cruz, cantada tipicamente a caminho do Castelo. No entanto, a palheta que soa nesta gravação já não é tocada em Monsanto, pois o último tocador de palheta faleceu em 1996.
Para as horas de lazer reservam-se formas mais simples, mas nem por isso de menor valor. Cantado em uníssono, o jogo de roda Dentro dum copo de vidro, transporta-nos para momentos de convívio despreocupado, antecipados em particular pelos mais jovens que encontravam aqui raras oportunidades para namorar.
Em Setembro, as Vindimas ressoam em coro, homens e mulheres ao som do adufe, com o vigor e ritmo próprio da Cantiga de trabalho. A Moda da azeitona, no entanto, apanha-nos de surpresa com a melancolia de uma única cantadeira de voz experiente. Este pequeno excerto recolhe em si toda a beleza do folclore de Monsanto assim como a profunda ligação do seu povo com a Natureza.